sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Recordar é viver

Os “mais velhos” podem recordar e os mais jovens podem apreciar…
Em tempos que já lá vão, um grupo de estudantes, naturais do Ozendo, entoavam esta canção, nas festas de Natal que realizavam no edifício da antiga escola, onde nós, os desta idade, aprendemos a ler, a escrever, a contar, a recitar, a cantar, etc…
Tudo isto se passou durante as décadas de 50 e 60 e proporcionava aos nossos familiares, amigos e vizinhos momentos de alegria, esquecendo também os afazeres do dia a dia…
Aqui vai a letra da referida canção:

As capas
As nossas capas rotas velhinhas
Todas de negro tremem no ar
São andorinhas, são andorinhas        bis
Que se preparam para emigrar

As nossas capas foram bordadas
Por mãos de fadas, noivas ou mães
As pobrezinhas abandonadas                                bis
Tristes, com mágoas, choram também


No fim das aulas, todas com elas
Toca p´rá baixa para as mostrar
E nas janelas lindas donzelas                     bis
Por detrás dos vidros a suspirar


Das nossas terras vinham também
As longas cartas dos nossos” velhos”
- Não gastes muito porta-te bem             bis
A gente ria-se destes conselhos
         
Chegou enfim a despedida
Tudo se esvai como o fumo
Agora vamos mudar de vida               bis
Agora vamos mudar de rumo

Nota: Não se conhece o autor desta letra, mas ao cantá-la, recordamos, com saudade, os velhos tempos da nossa infância e juventude.
E…já que vai de recordar, aqui vai mais uma canção , ao nosso Ozendo:

Canto adorado, torrão lindo onde eu nasci
Mesmo afastado, nunca me esqueço de ti.
Hei-de rogar a Nossa Senhora das Dores
Para sempre te amparar
Minha Terra, meus Amores!


Texto de: Maria José Carriço

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